Uma nova lei que prevê grandes incentivos fiscais para o uso de energia de hidrogênio promete estimular mais investimentos verdes na Colômbia, com o país buscando emergir como líder regional em sustentabilidade.
A Lei de Transição Energética foi aprovada pelo presidente Ivan Duque em 10 de julho, menos de três semanas depois de ter sido aprovada pelo Congresso da Colômbia. A legislação prevê que as empresas que usam hidrogênio azul ou verde desfrutem de incentivos fiscais, incluindo IVA zero, eliminação de tarifas e depreciação acelerada.
Os incentivos se estendem a equipamentos e investimentos em medição inteligente e armazenamento de energia em larga escala, bem como a projetos de eficiência energética, com uma declaração oficial divulgada no momento da aprovação da lei no Congresso, deixando claro o desejo de incentivar mais investimentos verdes estrangeiros.
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“Com a nova Lei de Transição Energética… a Colômbia continuará a se posicionar como líder regional nessa área e como um país atraente para investimentos em energias renováveis não convencionais”, diz a declaração.
A nova lei será acompanhada de esforços para ajudar os possíveis beneficiários a acessar o financiamento para planos de investimento verde.
Isso também ocorre no momento em que a Colômbia inaugura um novo parque solar de 9,8 MW no Vale do Cauca, no oeste do país – o suficiente para atender às demandas de consumo de quase 13.000 famílias, com o projeto prometendo reduzir as emissões de carbono em 640 toneladas por MW gerado.
Em uma marca do impulso do país para a sustentabilidade e o investimento verde, durante a inauguração em 10 de julho, Duque anunciou que a Colômbia foi aceita como um novo membro da Agência Internacional de Energia (AIE), em reconhecimento ao fato de o país ser um “líder da transição energética na América Latina e no Caribe”.
Colômbia está entre os vários países da América Latina que promovem o investimento verde
Os esforços da Colômbia para promover o investimento verde colocam o país na vanguarda do movimento de sustentabilidade na América Latina, com vários outros países identificando de forma semelhante o futuro brilhante para abordagens ambientalmente corretas.
Na Argentina, os chamados “bônus verdes” para promover práticas comerciais sustentáveis foram promovidos nos últimos anos, com bônus avaliados em mais de US$ 100 milhões emitidos somente em 2020 (todos os valores em dólares americanos). Enquanto isso, o valor potencial da economia do hidrogênio para o país está atraindo cada vez mais atenção.
Uma tendência semelhante também pode ser observada no Chile, onde o investimento verde é visto como uma área de oportunidade potencialmente altamente lucrativa, com um relatório recente sugerindo que a ascensão do mercado de carros elétricos poderia fazer com que a economia relacionada ao hidrogênio valesse US$ 14 bilhões até 2026.
No Uruguai, esforços semelhantes estão sendo feitos para promover a sustentabilidade, com o governo tendo declarado o objetivo de ser totalmente neutro em carbono até 2030, e o país comemorou recentemente o lançamento da “carne neutra em carbono”, uma iniciativa que promete ter um efeito ambiental significativamente positivo, dada a escala do setor de carnes do país.
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