É necessário ter em mente os requisitos contábeis e fiscais da Argentina se você quiser registrar uma empresa na Argentina. Com um cenário regulatório complexo, é essencial que você se mantenha atualizado com todas as obrigações contábeis e fiscais para garantir a conformidade com as autoridades locais. Isso envolverá faturas eletrônicas para todas as transações, por exemplo, e é supervisionado pela autoridade fiscal AFIP(Administración Federal de Ingresos Públicos), que gerencia a conformidade fiscal nacional. A ARBA é a autoridade fiscal da província de Buenos Aires, responsável pelo IIBB. Este guia detalha as obrigações fiscais federais e provinciais, incluindo a exigência fundamental de ajustes de inflação nos relatórios financeiros.
Principais conclusões sobre as exigências contábeis e fiscais na Argentina
| Normas contábeis na Argentina | As normas de contabilidade e auditoria abrangem resoluções técnicas, circulares de adoção de IFRS, interpretações de normas internacionais de contabilidade e documentos relacionados. Regras que regem a recuperação judicial de empresas. Regulamentos para combate à lavagem de dinheiro (AML). Padrões de conduta profissional para contadores públicos certificados, atuários e graduados em economia e administração. |
| Qual é a alíquota padrão do imposto de renda corporativo? | 25 a 35%, dependendo de vários motivos: atividade comercial, tamanho da empresa, receita líquida, etc. |
| Taxa de imposto sobre valor agregado na Argentina | A taxa atual do IVA (IVA) está fixada em 21%, com algumas variações dependendo dos serviços e da atividade comercial. As empresas devem apresentar declarações mensais de IVA. |
| Taxa de imposto sobre dividendos na Argentina | Aplica-se um imposto retido na fonte de 7% sobre os dividendos pagos por uma empresa argentina a pessoas físicas residentes e pessoas físicas/entidades não residentes. |
| Que regras existem para condições econômicas locais incomuns? | As demonstrações financeiras devem incluir um ajuste de inflação. |
Visão geral do sistema tributário e contábil da Argentina
Na Argentina, os impostos são cobrados nos níveis federal, provincial e municipal. Os impostos federais são coletados principalmente pela Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (ARCA) (antiga AFIP). Os principais impostos federais incluem:
- Impostos sobre a renda.
- Imposto de renda mínimo presumido.
- Previdência social.
- Imposto sobre valor agregado (IVA).
- Impostos de importação e exportação.
- Imposto sobre transações financeiras.
- Imposto sobre o patrimônio líquido.
- Sistema de Controle de Imposto Retido na Fonte (SICORE).
Os impostos provinciais são coletados principalmente pela AGIP (Agência Governamental de Receitas Públicas) e pela ARBA (Agência de Arrecadação de Receitas da Província de Buenos Aires), sendo que o principal imposto provincial é o Imposto de Renda Bruto.
As normas baseadas no IFRS se aplicam a empresas de médio e grande porte, sendo que as pequenas empresas não são obrigadas a fazê-lo como padrão. No entanto, há algumas exceções, dependendo da atividade. Os livros obrigatórios que você deve manter são Libro Diario, Inventario y Balances. Todos eles devem ser legalizados no Registro Público.
Dica de especialista: Ajuste obrigatório da inflação
De acordo com nossa experiência, o aspecto mais complexo da contabilidade argentina a ser compreendido pelos investidores estrangeiros é o “Ajuste por Inflação“. Devido ao ambiente econômico da Argentina, as normas contábeis locais exigem que as demonstrações financeiras sejam atualizadas para refletir o poder de compra da moeda na data de fechamento.
Isso não é opcional; é um requisito legal obrigatório para fins fiscais e estatutários. Aconselhamos os clientes a garantir que seu contador local tenha experiência específica com esse cálculo, pois ele afeta significativamente a base tributável e o lucro ou prejuízo relatado.

Imposto corporativo, IVA e impostos locais na Argentina

A Argentina tem uma escala móvel para o imposto de renda corporativo, que aumenta progressivamente de acordo com a receita.
O número inicial é de 25% até ARS$ 5 milhões, aumentando para 30% entre ARS$ 5 milhões e 50 milhões e, finalmente, 35% acima de ARS$ 50 milhões. Os dividendos estão sujeitos a um imposto retido na fonte de 7%.
O IVA padrão é de 21%, com as exceções usuais feitas para itens essenciais a 10,5% e uma taxa mais alta de 27% para determinados produtos de luxo.
Por fim, o IIBB é um imposto provincial sobre a receita bruta (3% a 5%) e varia de acordo com a província e a atividade realizada pela sua empresa.
Isso significa que você terá de consultar um especialista em tributação para determinar a taxa específica para a sua empresa.
Tanto o IIBB quanto o VAT são apresentados mensalmente, com multas em caso de descumprimento repetido.
Tributação para residentes e não residentes
A lei do imposto de renda na Argentina estabelece que as pessoas físicas ou jurídicas residentes no país estão sujeitas ao imposto sobre sua renda mundial, seja ela obtida no país ou no exterior. Elas podem receber créditos fiscais por impostos similares pagos em suas atividades no exterior.
Os não residentes estão sujeitos a impostos apenas sobre sua renda de origem argentina. Em geral, os impostos de não residentes são cobrados por meio de um imposto retido na fonte final, dependendo do tipo de renda.
*O imposto de renda deve ser pago sobre o lucro líquido obtido durante o ano fiscal.
O papel da AFIP
A Administração Federal da Receita Pública (AFIP) é a agência nacional responsável pela administração tributária. Todas as empresas devem se registrar na AFIP para obter uma CUIT (identificação fiscal) e são obrigadas a usar sua plataforma digital para apresentar declarações mensais e anuais.

Faturamento eletrônico e relatórios para a AFIP
As faturas eletrônicas são obrigatórias para quase todas as transações e devem ser enviadas à AFIP usando o sistema CAE. As assinaturas digitais são exigidas para quase todas as transações em tempo real. O objetivo é promover a transparência e reduzir a má prática.
Os registros de IVA e IIBB devem ser feitos mensalmente entre os dias 10 e 20 do mês, dependendo da CUIT. Sua declaração de imposto de renda corporativo deve ser enviada dentro de 5 meses do final do ano fiscal. A folha de pagamento e os relatórios sindicais devem ser feitos mensalmente.
Empregar trabalhadores na Argentina significa que você terá uma série de responsabilidades tributárias em nome de seus funcionários, bem como contribuições a fazer para o sistema de seguridade social. As contribuições do empregador chegam a 27% do salário bruto pago, e as contribuições do empregado são de 17% do mesmo.
Tanto o pagamento quanto a prestação de contas devem ser registrados mensalmente por meio do portal on-line da AFIP. As contribuições cobrem ANSES, PAMI e Obras Sociais, bem como o ART (risco ocupacional). As contribuições sindicais obrigatórias também podem ser pagas, dependendo do setor e da área.
Com quais países a Argentina tem acordos tributários?
A Argentina assinou acordos para evitar a dupla tributação com vários países, incluindo Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, Brasil, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Reino Unido, Itália, Suécia, França, Noruega, Rússia, Espanha, Suíça, Emirados Árabes Unidos, México, Países Baixos, Catar e Chile.
Esses acordos foram estabelecidos para evitar a dupla tributação entre residentes em diferentes jurisdições, com o objetivo principal de reduzir a carga tributária sobre os residentes de várias jurisdições sob esses acordos.
Perguntas frequentes sobre impostos e contabilidade na Argentina
Com base em nossa ampla experiência, estas são as perguntas e dúvidas comuns de nossos clientes quando procuram entender as exigências contábeis e fiscais na Argentina.
O imposto de renda corporativo é progressivo: 25% para lucros de até ARS 5M, 30% para ARS 5M-50M e 35% para lucros que excedam ARS 50M.
Na Argentina, as empresas devem pagar impostos sobre suas mercadorias e serviços quando tiverem sido aperfeiçoadas com a entrega de mercadorias e serviços. Os impostos que elas devem pagar estão nos níveis local, provincial e nacional.
O equivalente ao IRS na Argentina é a Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (ARCA) (antiga AFIP), a Agência de Arrecadação da Província de Buenos Aires (ARBA), a Agência Governamental de Receitas Públicas (AGIP) e os municípios.
As normas de contabilidade, regulamentadas e emitidas pela FACPCE (Federação Argentina de Conselhos Profissionais de Ciências Econômicas), incluem:
– Normas de contabilidade e auditoria, incluindo resoluções técnicas, circulares de adoção de IFRS, interpretações de normas internacionais de contabilidade e outros documentos.
– Normas de Recuperação de Empresas.
– Normas de combate à lavagem de dinheiro.
– Normas de conduta profissional para contadores públicos, atuários e graduados em economia e administração.
O profissional de Ciências Econômicas é o Contador Público Nacional, um profissional que atesta publicamente suas funções e que, por lei, deve ter uma licença qualificada para exercer a profissão na jurisdição em que atua no país.
As Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS) do IASB são adotadas no país. Essas normas têm diferentes níveis de aplicação:
– Obrigatório para entidades sob o controle da CNV.
– Opcional para entidades não sujeitas à obrigação do IFRS.
– Descontínuo se aplicado anteriormente de forma opcional.
– Abrangente para entidades que apresentam demonstrações financeiras consolidadas ou individuais, dependendo de seu controle sobre outras entidades.
A taxa padrão de IVA é de 21%, com taxas reduzidas de 10,5% e taxas aumentadas de 27% para itens específicos. As declarações mensais de IVA são obrigatórias.
Os empregadores contribuem com aproximadamente 27% para a seguridade social, saúde (Obras Sociales) e fundos sindicais. Os funcionários contribuem com cerca de 17%.
Yes. O faturamento eletrônico (Factura Electrónica) é obrigatório e deve ser informado à AFIP em tempo real.
Ingresos Brutos (Imposto sobre a Renda Bruta) é um imposto provincial cobrado sobre a receita bruta da empresa. A alíquota varia de acordo com a província e o setor, normalmente entre 3% e 5%.
O ano fiscal padrão é de 12 meses. As empresas podem escolher sua data de encerramento (geralmente 31 de dezembro ou 30 de junho), desde que isso esteja indicado no estatuto social.
Por que fazer negócios na Argentina?
Agora é um ótimo momento para investir na Argentina devido à abundância de recursos naturais, à localização estratégica e aos mercados emergentes. O país possui uma das maiores reservas de lítio do mundo, essencial para baterias de veículos elétricos, e uma produção agrícola significativa, principalmente de soja, milho e carne bovina. Seu setor de energia renovável, apoiado por incentivos governamentais, também está se expandindo rapidamente, criando oportunidades em projetos eólicos, solares e de bioenergia.
Atualmente, a Argentina está passando por reformas econômicas com o objetivo de estabilizar o mercado e incentivar o investimento estrangeiro. As políticas para lidar com a inflação, promover o crescimento das exportações e atrair capital internacional estão criando um ambiente de negócios mais favorável ultimamente. Além disso, sua mão de obra qualificada e seus custos competitivos fazem do país um destino atraente para setores como tecnologia, manufatura e agronegócio. O aumento do comércio bilateral com regiões como a Ásia e a Europa promove ainda mais a posição da Argentina como um centro de negócios globais, oferecendo um argumento convincente para empresários e investidores que buscam oportunidades de longo prazo.
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